Olá, ouvintes e leitores! Tudo bem com vocês?
Hoje estreia uma colunista muito importante por aqui. Vocês que já ouviram falar do Norberto, nosso ouvinte, esta é uma resenha que pedi que ele fizesse sobre este filme…
Ficha Técnica
Nome: Princesa Yakuza
Tipo: Filme
Fonte: HQ
Exibido a partir de: 07/10/2021
Presente no Brasil? Sim, Cine Belas Artes.
Elenco:
Masumi Tsunoda como Akemi
Jonathan Rhys Meyers como Shiro
Tsuyoshi Ihara como Takeshi
Eijiro Ozaki como Kojiro
Kenny Leu como O Taxista
Mariko Takai como Sra. Tsugahara
Charles Paraventi como Armond
Toshiji Takeshima como Chiba
Lucas Oranmian como Perito
Sinopse
Um chefe da Yakuza é morto no Japão e sua única herdeira é enviada para o Brasil ainda bebê. Vinte anos depois, vivendo em São Paulo, Akemi descobre sua herança, e que outros mafiosos a querem morta. Takeshi, mafioso fiel ao falecido chefe, vem ao Brasil para protegê-la.
(Gerada pelo Norberto).
Opinião
Leia o aviso de que o filme é “Baseado na HQ Samurai Shirô de Danilo Beyruth”, que está no início e fim do filme, pois assim como grandes blockbusters americanos, citando Capitão América – Guerra Civil como exemplo, “A Princesa da Yakuza” é exatamente uma história BASEADA na obra original.
Enquanto na HQ o foco maior é no protagonista, o homem desmemoriado que acaba sendo “batizado” como Shirô pela moça que ele salva. Em meio às investigações sobre sua identidade desenvolve um relacionamento com ela.
Em um crescente de ação que termina com os dois se tornando uma dupla pronta para enfrentar o clã mafioso responsável pela morte da família da jovem Akemi, o filme segue por outra vertente.
Ao trazer o protagonismo para Akemi, o assassino sem nome se torna apenas uma peça que vai sendo jogada de um lado para o outro e não sai muito disso. Todo o processo de auto recriação, ao passo que vai descobrindo a verdade sobre seu passado, é totalmente ignorado aqui.
Temos portanto o foco na personagem Akemi. Tinha possibilidade de ficar ruim? Tinha, mas ao chegar no fim da película, dá pra dizer que foi uma escolha boa.
A cantora/atriz não faz feio, leva bem a personagem que, após a morte do avô segue meio perdida até ser salva por um homem desmemoriado e começa a descobrir sobre seu passado.
O elenco está bom, nenhuma atuação se destaca, mas perto de alguns filmes, a maioria com grandes estúdios por detrás, com atores péssimos, mais uma vez digo: Dá pra curtir de boa o filme.
O possível incômodo?
No fim a única coisa que me incomodou foi o fato da história se passar no Brasil e apenas alguns personagens secundários e/ou os figurantes falam em português.
Enquanto isso, os principais falam em inglês e japonês, inclusive a protagonista que, por ter crescido no Brasil, faria mais sentido falar português, mas como é um filme produzido por americanos, dá pra entender essa “bagunça linguística”.
A fotografia está muito boa, seja nas ruas coloridas à noite na Liberdade, ou no escuro e cinzento abrigo de ex Yakuza, bem como as cenas de ação estão bem coreografadas, com uma boa dose de sangue.
Pesando os prós e contras é um bom e honesto filme, não é aquele filme que vai mudar vidas ou se tornar o “favorito dos favoritos”, mas é uma bom filme “BASEADO na HQ Samurai Shirô de Danilo Beyruth”.
No Brasil
(Esta parte foi feita pelo Host da Bagaça)
A divulgação do filme foi tão malfeita, que a maioria das pessoas não sabe que o filme está em exibição no Cine Belas Artes, lá na região da Consolação – a única sala que eu soube, por pesquisa, que estava exibindo a película.
Se era possível fazer uma divulgação melhor, talvez os fãs de Danilo Beyruth fossem a esta sala de cinema… Por isso o nosso amigo Norberto assistiu o filme através da biblioteca do Paulo Coelho.
O Autor
Danilo Beyruth é um publicitário, ilustrador e quadrinista brasileiro.
Começou sua carreira criando o personagem “Necronauta” e publicando-o em pequenos fanzines de folha de papel A-4 coloridas dobradas ao meio, conseguiu publicá-lo em revistas americanas, como quadrinhos para celulares e depois reuniu as histórias em dois encadernados, uma pela editora HQ mix e outra pela Zarabatana.
Em seguida criou várias obras incríveis como “Bando de Dois”, participou da coletânea de histórias de Maurício de Souza no selo Graphic MSP, com as histórias do Astronauta: “Magnetar”, “Singularidade” e “Parallax”. Fez também “Samurai Shirô” e “E Love Kill” pela Darkside Books.
Isso sem contar várias HQ da Marvel, com destaque as do “Motorista Fantasma” e “Carnificina”.
Conclusão
Recomendo e muito!
Fontes
Cine Belas Artes, onde está sendo exibido
Onde buscar a HQ que deu origem ao filme: Samurai Shirô, no site da Darkside Books
Wikipedia em Português, biografia de Danilo Beyruth
Loja da Panini
Primeira História do Astronauta: Magnetar
Segunda História do Astronauta: Singularidade
Terceira História do Astronauta: Parallax
Um grande abraço e até a próxima resenha!!