Resenha do Evento: 25º Festival do Japão, 2024

Preâmbulo

Primeiro, quero começar com um muito obrigado para a equipe de organização do Festival do Japão. Eu não conseguiria ter feito a cobertura do jeito que foi feita sem que eles não houvessem aprovado o meu pedido de Imprensa. Portanto, um muito obrigado por acreditar em nosso pequeno espaço.
Segundo, o Festival do Japão é um evento muito tradicional no seio da comunidade japonesa aqui no Brasil. Eu mesmo tive a honra de participar em sua edição pré-pandemia quando o Imperador japonês atual veio conhecer a estrutura que era feita aqui, e eu digo a vocês, leitores. Continua tão maravilhoso quanto a primeira vez que cobri.
Agora vamos ao evento em si.

A Infraestrutura

O São Paulo Expo é um dos melhores lugares da nossa capital para eventos. Se somarmos o Parque do Ibirapuera e o Anhembi (que contou com o Anime Friends 24), temos, em minha humilde opinião, os três melhores locais para se hospedar eventos na capital de nosso estado.
É um galpão decididamente gigantesco (não sei qual é o tamanho, mas ele decididamente é muito grande), capaz de comportar algumas dezenas de milhares de pessoas, e é o que eu penso que comportou nos três dias de evento.

Localizações no galpão do evento

Como sempre, as partes ligadas as promoções das marcas japonesas proeminentes e a divulgação das mesmas para os empresários e para o grande público foi logo na entrada.
Logo ao lado, entre as portas de entrada e de saída (sim, eles delimitaram muito bem qual era qual, não permitindo confusão e transtorno na entrada e na saída), havia o espaço da Longevidade, em que os idosos (fossem japoneses ou não) podiam tirar um tempinho para descansar, assistir a algumas palestras interessantes e ficar num espaço que provia a eles massagem e recreação.
Em linha reta da entrada, havia o que eu chamo de “Espaço Otaku”, em que havia alguns estandes de mangás, um palco (onde os alguns amigos fizeram suas apresentações).
Algo diferenciado na entrada do evento
Tinha uma espécie de “food truck” de comidas e um atendimento especializado em maids.
Sim, leitor. Você não leu errado.

As lojas que vendiam (quase) de tudo

Esse já é um padrão do Festival. Uma área apenas para essas coisas – algumas guloseimas que não são japonesas, aparatos eletrônicos que fazem de tudo um pouco, roupas dos mais diversos tipos, enfim…
Algo que é uma tradição no evento e que se manteve. Não sei se é por causa do aluguel, mas fui comprar umas camisetas e cada uma custou R$ 70! Mesmo que bem feita, bem cara.
De resto, tudo bem organizado.

A Praça de Alimentação

A maior parte do evento, que trouxe iguarias de várias partes do arquipélago, e como sempre, com uma variedade impressionante.
Eu fiz alguns reels no Instagram sobre está parte, e eu mesmo comi um Udon e um Okonomiyaki que foram divinos.
As formas com que eles chamavam os clientes eram padrão, mas sempre tinha um vovô japonês ou uma vovó japonesa que era um baratinho os ver se dedicarem, mesmo com idades avançadas.
E, como sempre era o local mais atulhado de gente, afinal de contas, era o principal ponto da feira, a gastronomia.

O “auditório”

A última área do evento era relacionada ao palco de apresentações de premiações e campeonatos, música e tudo o mais tradicionais, e o lugar sempre estava bem lotado.
Um apresentação que eu consegui ver (por circular no evento inteiro) foi a premiação das mulheres japonesas que mais se destacaram no mercado de trabalho. Isso eu achei magnífico trazerem esse reconhecimento.
Lembrem-se que a sociedade japonesa, em seus primórdios era muito machista, quase nunca dava valor às mulheres. Agora estamos em um nível bastante interessante, imagino o tamanho da luta feminina em território nipônico.

A parte dos fundos

Ao lado do “auditório”, havia a parte do evento que era voltado para card games – claramente as imagens que eram colocadas nos estandes eram as do card game de Pokémon e Yu-Gi-OH!, obviamente por virem da terra do sol nascente, mas havia também card games americanos, como Magic the Gathering.

Do lado de fora

Perto da saída do evento também havia um pouco de diversão, principalmente pra quem curte baseball, havia um estande acessível pela porta de saída que permitia quem gostasse praticar algumas rebatidas. Eu achei bem interessante.

Segurança

O local estava bem seguro, principalmente no que era relacionado a transporte. Quem quisesse, podia pedir carro pelo seu aplicativo favorito ou mesmo usar os táxi credenciados pelo evento.
Agora quem não se importou em usar transporte público, o evento disponibilizou ônibus gratuitos para levar as pessoas do metrô São Judas até o evento e vice-versa, o que ajudou muita gente.
A organização das filas era muito boa, levava em conta até mesmo quem queria ir sentado ou quem não se importava de ir de pé.

O que eles poderiam melhorar:

Como toda ação humana, o Festival do Japão teve seus problemas. Por causa da hiper lotação, muitos pontos do evento enfrentaram alguma lentidão, partes em que era impossível descansar.
Outra coisa que eu também senti falta (e eu nem sei se teve) foi uma área em que pudéssemos carregar nossos dispositivos eletrônicos (principalmente o meu caso, que eu precisei de um lugar para carregar meus microfones e suporte de celular, mas não havia nenhum);
Quanto aos banheiros, como eu não senti falta de ir durante o período em que estive por lá, eu conto com o depoimento que ouvi de uma das pessoas com quem conversei no Festival, e ele reclamava que havia poucos banheiros, os de dentro eram muito ruins e que os de fora eram químicos, e mesmo sendo limpos, não eram tudo isso.
Mudar o lugar relacionado de embarque dos ônibus gratuitos fez com que muita gente andasse alguns metros da estação, o que eu ouvi bastante gente reclamar a respeito. Acredito que se eles mantivessem o desembarque nas proximidades do metrô Jabaquara como era antes seria melhor.

Conclusão

Mesmo com esses pequenos problemas, o evento foi muito, muito bom. Acredito que eles vão melhorar essas questões, uma vez que o público que se deslocou até lá foi muito maior do que os últimos que eu me lembrava, e cada vez mais a comunidade Otaku (principalmente aqueles que não têm dinheiro para pagar um Anime Friends) estava presente.
Creio que a Associação Brasil-Japão (que é a responsável pelo evento) vai observar o crescimento de público que enfrentou nesta 25ª. edição e será ainda melhor no ano que vem.