Boa noite, Otakus, Otomes e Similares. Vamos à cobertura do evento.
O primeiro dia foi mais para saber onde estava o quê no evento. O trivial de eventos: estandes de editora, de venda de mangás, uma novidade: um sebo de mangás… A chindogu alley – vulgo centro das barracas de camisetas, almofadas, estátuas, enfim… Itens otakus e nerds que muitos de nós não vivemos sem. A quantia de cosplayers reduziu bastante, isso é a crise, pessoal. Mas o pessoal é guerreiro, não desiste.
O artist Alley, por mais que tenha ficado apertado para todos os artistas – e que isso foi uma falta de respeito, até que a exclusividade do local onde eles ficaram foi bacana.
Várias salas de temas mais diversos possíveis, desde videogame, passando por seriados (Supernatural), K-Pop, filmes (Animais Fantásticos e onde eles Habitam) e Animekê (que ficou beeeeeeeeeeeem apertado este ano).
O Ressaca acabou ficando com cara de evento pequeno por causa da redução do uso da escola, tinha muitos lugares que foram utilizados no ano passado que não o foram este ano… Eu achei que poderiam ter usado da mesma maneira, teria ficado melhor.
No segundo dia as melhores palestras ocorreram, sendo que, por não conhecer a youtuber Haru, acabei não assistindo. Mas as palestras das Editoras e do Hermes Baroli, com certeza assistimos.
A Banda Marcial de Cubatão sempre é muito foda.
Agora, sobre a palestras das editoras – que eu achei interessante ver, uma vez mais, igual ao que foi no Anime Friends: ver a interação entre as editoras, independente se forem grandes, pequenas ou multinacionais… É interessante o quanto interagem e são amigos. Infelizmente o Douglas da Nova Sampa não pôde comparecer, mas os outros três foram muito bem – o Junior Fonseca esteve melhor nesta palestra. Minhas opiniões sobre cada um:
JBC: Questão relacionada a uma redução de catálogo por causa da crise, mas ainda assim teve lançamento. Muitos materiais foram lançados para lojas especializadas, nem tudo foi mandado para as bancas.
Na JBC, houve o contato com o Tsutomu Nihei (Knights of Sidonia) em que eles conseguiram fazer localizações legais.
New Pop: Ainda mantendo mangás apenas nas lojas especializadas, e não teve muitos problemas.
Panini: Teve problemas com pessoal, mas teve um aumento de 12% no catálogo e por causa do problema mencionado teve problemas com deadline, mas com vendas, segundo a Beth, não houve problemas.
Acabou não fazendo kazenban de Slam Dunk porque achou que não era a hora de lançar material desta maneira.
O texto do mangá de Pokémon teve de ser analisado balão por balão, e foi uma discussão com a Nintendo a respeito disso.
–E textos de discussão geral, onde os três lidaram:
Notícia de aumento de impostos vai encarecer os mangás, de R$ 0,50 a R$ 1,00.
É de consenso de todos que as exigências vindas dos japoneses para novos títulos (novos contratos) aumentaram e que eles estão mais atentos ao nosso mercado, elevando o nível de análise.
Falaram sobre formatos pra colecionador e tiragem comum, como o tanko-hon. Também falaram sobre o contato com as editoras japonesas e os autores, na grande maioria, deixam o contato com as editoras.
E também a palestra com o Hermes Baroli. É sempre impressionante acompanhar o trabalho dele, o quanto ele luta pela dublagem de boa qualidade e para a valorização da categoria, e explicando o que é preciso para se tornar um dublador. É sempre bastante instrutivo ver o quanto ele mantém a veracidade de suas palavras de todas as vezes que dá entrevista nos eventos em que participo.
E assim foi o Ressaca Friends. Um evento que encolheu por causa da crise… Deixem aí suas opiniões sobre. Vai ser interessante.