Cobertura Anime Friends: Relato do Evento


Salve, povo. Nos dias 07, 08 e 09/07 aconteceu o Anime Friends, um dos maiores eventos da América Latina tematizado para anime, mangá e cultura japonesa. Mediante o evento do ano passado, que foi no Campo de Marte, aeroporto para pequenas aeronaves, este ano foi no Transamérica Expo Center, próximo ao terminal Santo Amaro / Estação Largo 13 da linha lilás do metrô.

Foi possível ver que este ano não houve ônibus que levasse os visitantes do evento até o local, mas também não era necessário. Uma caminhada de no máximo 15 minutos e pronto. O lugar, como todos vocês sabem, é bem amplo, e a disposição dos stands foi bem organizada, finalizando com a lentidão nos corredores, deixando um caminho bem amplo para se caminhar. Isso eu parabenizo a Yamato por ter corrigido algo que vinha recebendo a reclamação de tanta gente ao longo dos anos.

Porém, abriu uma outra questão: alguns espaços se tornaram gigantes, e sem nada no meio, acabou formando bolsões de espaços vazios, que poderiam muito bem ser aproveitados com mais trabalhos independentes, afinal de contas, todos os artistas independentes que estavam ali estavam tendo a chance de vender sua arte.

Falando em artes, eu faço questão de listar todos os presentes no Artist Alley que infelizmente não aparece em qualquer parte no site do evento:
J. P. Schmidt, com os livros “Guardiões do Pecado” e “Maus Valores” (Página do Facebook)
Betinho, com o seu cenário “Pokéball Z” (Página do Facebook)
Cris Camargo, com seu livro “O Último Maranishi” (Página do Facebook)
Felipe Marcantonio, com sua série em webcomics “XDragoon” (Página do Facebook)
Renata Rinaldi, com suas artes muito lindas (Página do Facebook)
Ricardo Bastos, com a série e webcomic “Sky of Bolt” (Página do Facebook)
Roe Mesquita, com artes fantásticas (Página do Facebook), (Site)
Lucy Fidelis, com artes fofinhas e muito lindas (Página do Facebook), (Site)
Adler Daré, com artes muito fodas (Perfil do Facebook), (Site)
Diego Maryo, com suas fanarts de Cavaleiros do Zodíaco e artes muito fodas – sim, sou fã dele (Página do Facebook), (Site)
Camila Poszar, com artes muito lindas (Página do Facebook), (Site)
Marisol Maryline, com artes interessantíssimas (Página do Facebook), (Blog)
Felipe Folgosi, com um livro que parece ser interessante (Perfil do Facebook), (Página do Facebook da HQ Comunhão)

Agora uma palhinha do que eu vi no evento. Sendo eu e o companheiro Jeff Lança cobrindo o evento, tivemos que escolher o que ver, e na sexta feira passamos pelos stands tirando fotos (que estão em nossa página do Facebook, é só acompanhar). Mas ainda no primeiro dia, sexta feira dia 07/07, assistimos à palestra da Editora Draco, que trouxe seus lançamentos de artistas não tão conhecidos, mas todos brasileiros, entre eles o Kaji Pato, ganhador do BMA da JBC. Gostei bastante e espero poder encontrar as obras deles. Quanto às apresentações internacionais, eu cito a banda Do as Infinity (do qual não pude assistir, mas tinha toda a pinta que o show foi épico para quem curte). Também podemos citar Takumi Tsutsui, o ator do nosso eterno Jiraiya, que foi os três dias do evento (e ele é uma simpatia, pena que não pude nem chegar perto dele). Por falta do público que não compareceu por estar trabalhando ou estudando, foi pouco o que conseguimos ver.

Já no sábado a coisa mudou de figura. Já conhecendo o lugar por ter andado bastante na sexta, o número de cosplayers bons subiu exponencialmente, e tiramos várias fotos enquanto andávamos pelo evento. Com isso, assistimos a primeira palestra, a do Takumi Tsutsui. O nosso colaborador Jeferson até tentou participar, mas não conseguiu vencer, mas o resultado está nas fotos. Ficou bem bacana. Em seguida, veio a palestra da da editora JBC, liderada por Cassius Medauar e Marcelo Del Greco (que inclusive já passaram por aqui, no AnimeSphere, nos episódios 31 e 46). Infelizmente não houve lançamentos a serem anunciados, apenas reforçando posição de mercado. Falaram do custo do papel e trouxe, ao final da palestra, uma novidade, uma parceria com a banda Danger3 (formada por Larissa Tassi, Rodrigo Rossi e Ricardo Cruz), uma música com temática em cima de Akira, que foi o lançamento do ano da editora. Ficou curioso? Olha aí em baixo o vídeo:

Depois de mais uma volta pelo evento (e perdendo assim a palestra de dublagem do Homem Aranha), voltamos a tempo para a palestra da Editora Panini. A Beth Kodama ficou presa no trânsito, mas enquanto Levi Trindade gastou um pouco do tempo e inclusive deu alguns pôsteres para a platéia inteira que foi assistir a palestra, e quando a Beth chegou, começaram as apresentações. Mostraram o que já tinha sido lançado no ano, como o mangá da Lenda de Zelda e de Jaco, o patrulheiro das galáxias. O que foi anunciado foi: Rock Lee’s Springtime of Youth (história baseada na personagem de Naruto com cabeções, típico de personagens SD (super deformed); Monster x Monster; MOB Psycho 100, Witches e o Guidebook oficial de Berserk. A despeito de não ter sido tantos lançamentos, eles foram a editora que mais lançou títulos no evento.

Para terminar o dia (e você acompanhará passo a passo como foi no próximo artigo), houve o show do Asian Kung-Fu Generation, acompanhado pelo nosso colaborador Jeff.

Aí entra um pouco da minha decepção: ano passado, foram 6 dias de evento com a metade do preço, e ganhamos imprensa para todos os dias do evento; Este ano foi um pouco diferente. Recebemos a informação de que dos três dias, só poderíamos entrar como imprensa em dois, o que nos faria comprar um para completar a cobertura. Quando mandamos a nossa solicitação, qual foi a nossa surpresa de que recebemos a sugestão da staff da Yamato em cobrir apenas a sexta e o sábado como imprensa, sendo o domingo já repleto de pedidos de outros veículos de divulgação. Aceitei pela equipe por não ter outra saída, e comprei o ingresso do domingo para poder continuar a cobertura para vocês. Mas passar de 6 dias de evento a quase R$ 60 (isso no domingo) para 3 dias a mais de R$ 80 (gastei R$ 80 e levei 1/2 kg de alimento não perecível para poder pagar metade, senão teria sido R$ 160). Infelizmente os veículos pequenos estão sendo pouco levados em consideração.

Mas, tendo comprado o ingresso, eu fui, encontrando outro de nossos colaboradores, o Rodrigo (vulgo Du Mau) para ajudar na cobertura do evento.

Neste dia também teve show do Asian Kung-Fu Generation, e eu acho que foi a mesma playlist aplicada no sábado, pois no domingo foi o dia que mais encheu de pessoas.

Com a limitação, acompanhamos três palestras: a da NewPop, a do Dublador Guilherme Briggs e a mesa redonda das Editoras de Mangá.

Começamos com a editora liderada por Junior Fonseca, a editora em questão foi uma das que mais trouxe lançamentos (perdendo apenas para a Panini por motivos óbvios). Eles trouxeram algumas Novels como Toradora e Re:Zero e mangás como Shakugan no Shana (falsamente acusado de ser uma cópia de Bleach, mas aí são conjecturas de otaku, me perdoem. Haha). Ele falou de várias obras que estavam perto de serem concluídas e também outras que tinham sido confirmadas a serem lançadas assim que outras fossem concluídas, como Niji no Prelude, Shin Takarajima e Manga Daigaku. Falou das obras em andamento e, para finalizar a palestra, o lançamento da novel de No Game No Life DESU!.

Pouco depois, ainda assim antes da mesa redonda e da palestra com o dublador Guilherme Briggs, tivemos uma cena cômica com uma gincana fornecida pela staff da Yamato, onde nosso colaborador Rodrigo (vulgo Du Mau) participou. Foi uma dancinha com uma animação muito boa do Live Action de Death Note (do shinigami Ryuuku) e a música “Pen Pineapple Apple Pen” (que você pode acompanhar abaixo).

Teve a dancinha e o nosso colaborador ganhou (vocês também podem ver nas fotos). O editor aqui se escangalhou de rir, pra variar.

Assim, tivemos a palestra com o dublador Guilherme Briggs. Esbanjando simpatia, respondeu a todas as perguntas dos fãs (em breve colocaremos o vídeo no nosso canal do YouTube), e pareceu não querer ir embora. Como sempre relacionado ao dublador que é amado por muita gente (eu gosto bastante dele mas não chego a tanto), foi uma das palestras mais lotadas do evento.

Enfim, a mesa redonda das Editoras de Mangá. Foi visível ao ver os discursos de todos frente a frente que a situação da Panini (por ser uma multinacional) e da NewPop estão bem melhores, parecendo que a crise foi pior para o pessoal da JBC. E mesmo sendo infinitamente menor que a Panini, parece que o primeiro semestre do ano foi bem melhor para a NewPop. Junior Fonseca pareceu bem feliz com os resultados, levando-se em consideração o fato de todo o material da editora em questão não circular mais nas bandas de jornal, o que deve (e segundo ele aconteceu mesmo) ter reduzido horrores os gastos com retorno de material encalhado ou danificado. Todos concordaram em um ponto, no número de lançamentos: eles decidiram acompanhar o ritmo dos leitores com menos lançamentos, para não inundar o mercado com vários deles e evitar que o leitor fique sem comprar este ou aquele título, o que foi muito bom na minha singela opinião. Menos títulos lançados significa mais atenção por parte dos leitores, e uma venda mais focalizada de todos.

Houve o retorno da polêmica do custo do papel (que com a crise aumentou deveras) e também foi levantada, com a pergunta da platéia, a questão do combate à pirataria (e o strike que a JBC deu em um site de scans que tinham obras em publicação da editora, conforme esta notícia). Depois do final, este editor que vos fala tentou falar com os quatro (claro que com Cassius e o Marcelo foi um tantinho mais fácil) e conversou sobre futuros episódios. Fiquem ligados.

Terminada a palestra, fui para a minha humilde residência com as minhas lembranças de eventos anteriores que fui, que foram bem melhores. Podiam não ter muitas atrações de fora, mas eram infinitamente mais baratos e a criatividade era bem maior… Mas também os tempos eram outros, nosso dinheiro valia bem mais e tudo ainda estava bem no começo, sendo mais fácil para empresas como a Yamato trazerem atrações com o dólar bem mais baixo.

Final da história? A Yamato fez um ótimo trabalho com a crise assolando a todo mundo, com pequenas coisas aqui e ali a serem notadas, mas mostrou porque são um dos maiores do Brasil em se tratando de eventos tematizados com a cultura japonesa.

Mata ne!!
Jorge Augusto